quinta-feira, 13 de maio de 2010

Ar Puro

Essa coloração avermelhada é um fungo(?) que sobrevive nas árvores que se encontram em locais com 100% de ar puro! Segundo especialistas locais que me deram essa informação, os fungos aqui são bem vindos e muito respeitados. Sendo assim respire fundo(dica 4) e aproveite! De qualquer maneira farei um estudo sobre a veracidade dos fatos e em breve trago nome e sobrenome do amiguinho, ou não.
Buscando informações , encontrei:

Em http:// holosecologiaintegral.blogspot.com.br encontrei as seguintes informações:

" Se você é ligado em Meio Ambiente, talvez já tenha ouvido falar que oHerpothallon rubrocinctum ou até pouco tempo atrás, Cryptothecia rubrocincta, mais conhecido como líquen rosa (ou vermelho) é um indicador natural da qualidade atmosférica. Fala-se que esse fungo liquenizado surge apenas em lugares em que o ar é 100% puro ou próximo disso.
Segundo o liquenólogo Adriano Afonso Spielmann, doutor em Liquenologia pelo Intitulo de Botânica (IBt), "não há, ainda, evidências de que o Herpothallon rubrocinctum seja indicador da qualidade do ar". Spielmann explica que "esse líquen é bastante comum em bordas de matas ou trilhas, de modo que as pessoas acabaram associando isso ao fato de que alguns líquens realmente sejam indicadores do ar. Aí a coisa deve ter tomado fama e hoje muitos pensam assim." Desfeito o mito, vale apreciar a beleza desse líquen tão emblemático! "

Em http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/02/29/liquens encontrei as seguintes informações:
Uma equipe de pesquisadoras brasileiras usou duas espécies de liquens como ferramenta para avaliar a qualidade do ar da área urbana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O estudo, divulgado em janeiro de 2012 na publicação científica Environmental Pollution, avaliou as alterações causadas pela poluição na fisiologia e na morfologia de exemplares de Parmotrema tinctorum e deTeloschistes exilis. Nesses organismos, que são simbioses entre uma espécie de fungo e uma de alga, foram detectados metais pesados como cádmio, mercúrio, zinco e chumbo, além de enxofre, resultado da queima de combustíveis fósseis e prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Os liquens são usados como biomonitores principalmente em países europeus e nos Estados Unidos.
O estudo é o mais recente de cinco artigos resultantes da tese de doutorado de Márcia Isabel Käffer sobre o monitoramento da qualidade do ar na capital gaúcha por meio de liquens. O trabalho foi concluído no ano passado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul com orientação da especialista em genética e biologia molecular Vera Maria Ferrão Vargas, do Programa de Pesquisas Ambientais, Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (FEPAM). “Os liquens absorvem da água e do ar os nutrientes para seu desenvolvimento. Se há algum poluente no ar, ele também é absorvido pelos liquens e se aloja em suas células, podendo até ser metabolizado”, explica Márcia. Por meio de análises em laboratório e ao microscópio, o grupo conseguiu analisar as concentrações dos metais pesados e de outros elementos químicos, além de danos morfofisiológicos nesses organismos.
Outro resultado inédito, segundo Márcia, é a comprovação de que as duas espécies absorvem produtos resultantes da queima dos combustíveis, os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs), que podem ser uma causa de alguns tipos de câncer humano.
Estima-se que existam em torno de 13.500 espécies de liquens no mundo, sendo 2.874 no Brasil e destas, 912 registradas no Rio Grande do Sul. Calcula-se que cerca de 150 espécies habitam ambientes urbanos, sendo algumas delas resistentes à poluição. Dessa maneira, um ambiente com árvores ou postes repletos de liquens não necessariamente estão livres de poluição. “As espécies tolerantes à poluição podem ocupar o lugar das que desapareceram devido à ação dos poluentes”, diz Márcia.
Isso significa que os liquens podem servir como biomonitores em programas de monitoramento da qualidade do ar em outras cidades brasileiras? “Sim, mas a metodologia deve ser adaptada para outros casos”, responde Márcia. Para isso, o local a ser monitorado deve ter liquens. Mas não espere que eles funcionem como um ponteiro com indicação instantânea: os liquens não detectam mudanças rápidas, por isso são úteis para avaliar alterações anuais no teor de poluentes ou do ambiente. Por enquanto, Márcia verifica a possibilidade de desenvolver um programa de longo prazo para monitoramento da qualidade do ar na capital gaúcha usando esses organismos.

Artigos científicosKäffer, M. I. et al. Use of bioindicators to evaluate air quality and genotoxic compounds in an urban environment in Southern BrazilEnvironmental Pollution. V. 163 p. 24-31 jan 2012
Käffer, M. I. et al. Corticolous lichens as environmental indicators in urban areas in southern BrazilEcological Indicators. p. 1319-1332 fev 2011



Um comentário:

  1. Olá, esse é o liquem vermelho. Aqui neste link tem informação sobre ele: http://holosecologiaintegral.blogspot.com.br/2011/03/lenda-do-liquen-vermelho.html

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